É difícil antecipar quando um colaborador nosso pretende sair, seja por algum motivo pessoal ou por uma melhor oferta de emprego. Mas quando essa informação chega até nós através de uma fonte terceira, o que devemos fazer?
O primeiro passo é separar os fatos dos sentimentos.
Em algumas situações, é comum nos tomarmos por um sentimento de ansiedade, frustração ou até mesmo de traição com este colaborador, principalmente quando depositamos nossa confiança e investimentos em capacitação.
Mas será que é justo com ele assumirmos uma percepção negativa, antes de entendermos seus motivos?
O segundo passo é apurar os fatos, evitando o “telefone sem fio” na comunicação interna do consultório. Mesmo que você tenha ciência da saída de um colaborador por outra pessoa, nada melhor do que uma conversa sincera e sem pré-julgamentos com ele.
Chame o colaborador para tomar um café e explique que você ficou sabendo da possibilidade da saída dele (não precisa mencionar sua fonte) e que gostaria de entender se essa informação procede.
O terceiro passo é praticar uma escuta ativa. Ao invés de você fazer suposições, utilize de perguntas, atentando-se as respostas do seu colaborador para construção do diálogo. Evite frases que iniciam com “eu acho” e “eu sinto”, pois elas verbalizam emoções e não evidências.
O quarto passo é ter um mindset de resolução de problema. Ou seja, compreendido a veracidade dos fatos e os motivos que ocasionaram a possibilidade de saída do colaborador, canalize sua energia para desenvolver soluções que sejam coerentes com os valores do seu consultório. Não gaste sua energia com suposições ou possibilidades não concretizadas.
Tenha em mente que uma relação de trabalho é uma via dupla. Compreender o contexto que originou toda essa situação, assim como ter soluções factíveis, favorecem tomadas de decisões mais assertivas de ambos os lados.